Outro dia minha amiga me contou uma cena que ela presenciou em um Hospital público aqui no Rio de Janeiro. Um idoso, nu, comendo os restos de comida que estavam na lixeira da emergência do Hospital. Ela ficou perplexa com o que viu e "tratou de fazer um barraco". Mas não adiantou. A enfermeira simplesmente disse que "ele era louco e que sempre fazia isso", então ela não tinha o que fazer.
Logo em seguida o almoço para os doentes chegou. Como o velinho nu estava na lixeira, a enfermeira abriu a marmita e jogou em cima da lixeira, para que aquele senhor continuasse a comer no lixo e o lixo!
Foi a gota d'água! Minha amiga esbravejou, "soltou os cachorros". No minuto seguinte apareceu um brutamontes que vestiu aquele homem e o levou para uma maca advertindo: "se o senhor não ficar quietinho será amarrado!".
Tal episódio me fez lembrar de um poema de Manuel Brandeira:
"Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem".
Isso é Brasil. Rio de Janeiro. 2016!
Alguém se importa?
A alienação é uma bela forme de controle...
(foto retirada do Blog - http://umdiaaooutrodia.blogspot.com/2007_12_01_archive.html)
1 comentários:
Em algum lugar, no futuro, poderei dizer que fui a primeira!
Em frente e avante!
Torço fortemente por você.
Beijos
Didi
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